Muita vez(linguagem de Quintana) me entretenho em reconstruir de memória a nossa antiga casa paterna. Deixo-me estar no caramanchão,com sua mesa de pedra apanhando o sol coado pelas trepadeiras.
Quanto aos longos dos corredores, será melhor que os evoque de noite,quando, no escuro do quarto, fico a imaginar que a noite de agora está cobrindo ainda a velha casa.
Sim! nesta época de grandes transformações arquitetônicas, a nossa alma teimosa continua morando nessas casas fantasmas.
Reconstruíram-se a cidade antiga, mas esqueceram-se de reconstruir as nossas almas. Daí,a instabilidade contemporânea.
Porque não somos contemporâneos de nós mesmos. Porque, hoje, só podemos dizer com saudade aquele belo verso de Saint-Beuve:
"Naître, vivre et mourir dans la même maison..."
P.S. Este verso, é a segunda vez que cito neste livro.
P.S. Este verso, é a segunda vez que cito neste livro.
Mas não há motivo para pedir desculpas. Muito pelo contrário.
( Mario Quintana,(link) do signo de Leão,em "A Vaca e o Hipogrifo").
Para acompanhar o francês de Drummond, deixo Carla Bruni: (link)
A letra da canção é dela, da Carla Bruni.
E deixo, também, o Tatu :) ,o mascote da Copa do Mundo,
que será no meu Brasil varonil em 2014.
Quintana adoraria conhecê-lo, tenho certeza.
que será no meu Brasil varonil em 2014.
Quintana adoraria conhecê-lo, tenho certeza.
http://www.youtube.com/watch?v=OOZPoxx3XUE&feature=share&list=PLC6A454DD385AAB9F
Só faz gol de placa. ♪♪♪ . É a sensação. E é campeão ...♪♪♪
Um beijo
Obrigada aos novos @migos que chegaram e deixaram suas impressões faciais.
Sejam bem-vindos!
Lau
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Uma pequena ,se é que se possa assim adjetivar... sinopse ...do livro.
Antonio Carlos Secchin é quem assina o prefácio "Quintana: a desmontagem do mundo",e explica quem/que é o hipogrifo. Um animal mitológico misto de água, leão e cavalo. Mas que diacho significa uma vaca? Na visão de Quintana, trata-se de um bicho que voa lentamente, porque gosta de apreciar a paisagem e tudo com calma. Como a poesia de Quintana, que jamais é afobada.
Décimo quarto livro do autor, A Vaca e o Hipogrifo, cuja primeira edição remonta de 1977, se constitui numa excelente amostragem do estilo enganosamente "fácil" do poeta Quintana.
Secchin acrescenta que o tom de Quintana é informal. As palavras provêm do registro do cotidiano, e a predominância da prosa sobre o verso passa mais ainda essa descontraída interlocução com o leitor.
E mais : mesmo sob esses elementos, que passam uma prática ingênua da criação literária, existe um discreto experimentador de formas , (um gênio esse Quintana, eu quem digo) tanto mais vigoroso quanto menos explícito.
"Se alguém acha que estás escrevendo muito bem, desconfia ...O crime perfeito não deixa vestígios". Dessa eu gostei...:))
Imagem: Lucerner, Suíça, e com direitos autorais.É minha.
Fonte : Livro "A Vaca e o Hipogrifo". Texto retirado- ipsis litteris- da página 270 .