O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
(Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos (link) -Poema XX" )
Disclaimer
Concretude.
Como o próprio Caieiro diz:"pensar é estar doente dos olhos".
L.M.
Uma boa semana para os amigos que me leem.
Obrigada.
Um beijo
Lau
Disclaimer
Concretude.
Como o próprio Caieiro diz:"pensar é estar doente dos olhos".
L.M.
É só apertar o play para ouvir mais Tom aqui.
Uma boa semana para os amigos que me leem.
Obrigada.
Um beijo
Lau
Imagens editadas no Picasa . Com direitos autorais: a do © Rio Tejo( 2012)
"O menino e o barco", by Pixdaus.
"O menino e o barco", by Pixdaus.