Wednesday, December 2, 2009

Justiça+ Esperança= Verdade

Conta uma estória da Idade Média que um homem muito correto foi injustamente acusado por um crime de assassinato. Na verdade, o assassino era uma pessoa influente e encontraram no pobre homem, um bode expiatório para ser julgado, cuja pena seria a forca.
Tudo estava tramado e, no dia do julgamento,diante de uma grande plateia,o juiz cinicamente fez uma proposta ao acusado:

- Sou um homem justo e religioso e, por isso, deixarei a sorte nas mãos de Deus. Vou escrever num pedaço de papel a palavra "CULPADO" e, em outro pedaço, a palavra "INOCENTE". Você escolherá um dos papéis e Deus decidirá o seu destino.

Sem que o acusado percebesse, o juiz escreveu nos dois papéis a palavra "CULPADO" e os colocou sobre um mesa, mandando o acusado escolher.

O pobre homem pensou alguns segundos, aproximou-se da mesa e, num gesto rápido, pegou um dos papéis levando-o à boca e engolindo-o.

Todos os presentes reagiram surpresos e indignados com aquela atitude. O juiz colérico perguntou:

- Mas o que você fez ? E agora? Como vamos saber o veredicto?

-É muito fácil - respondeu o homem.

- Basta abrir o outro papel que sobrou e saberemos que o pedaço que escolhi tem a outra palavra. E imediatamente o homem foi posto em liberdade.
Moral da história:

"Quando temos a verdade, não importa como, a justiça sempre prevalece".

Quer dizer...nem sempre.(L.M.)


E.T. Minha inspiração para compartilhar essa parábola com os amigos que passam por aqui veio em razão de uma declaração que li do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres de Britto:
"Os juízes precisam ler mais poesia, romances e jornais para entender mais a realidade da sociedade", disse Britto no evento, que reúne mais de 700 magistrados do Brasil e de outros países".

E eu acrescentaria: "idem, idem, parábolas" Meritíssimo Juiz.
Um beijo

Lau


Fonte: Livro Parábolas Eternas, página 9.
Declaração do Sr. Ministro: portal G1.
Ilustração : by Flickyr