O fogo estabelece uma classificação: primeiro, todas as chamas se encaminham em uma direção...(Só se pode comparar a andadura do fogo à dos animais: é preciso que desocupe este lugar para ocupar aquele outro; caminha a um só tempo como ameba e como girafa, o pescoço à frente, os pés rampantes)...Depois, ao passo que as massas metodicamente contaminadas se aniquilam, os gases liberados vão-se transformando numa só rampa de borboletas.
(Francis Ponge)(link) (Trad: de Júlio Castañon Guimarães)
Seguindo a linha do ecletismo, :) deixo para acompanhar Ponge, Rita Lee com "Reza"-
para nos livrar de todos os males do fogo, da maldade, da inveja e de todos os maus sentimentos. :)
Um beijo
Lau
Francis Ponge é, por excelência, o poeta das coisas que exigem definições, das coisas partidas, das coisas naturais, das coisas inanimadas e animadas. Ele descreve o universo, os meteoros, a chuva, o fogo. Encanta-se com os moluscos, ostras, caracóis. Busca a todo momento dar voz às coisas silenciosas. Traz à luz o mundo mágico da natureza. No Poemas, Ponge diz que “o homem julga a natureza absurda, ou misteriosa, ou madrasta. Bem. Mas a natureza não existe a não ser pelo homem”. Ele projeta, idealiza o homem harmonizado com os quatro elementos: a terra, o fogo, a água e o ar.
(Trecho de um ensaio feito por Pedro Maciel, para o caderno "Verso & Prosa", do jornal O Globo).
Recadinho
Agradeço aos amigos que me enviaram e-mails no meu dia tristinho (26/3).:( Brigadão. :)