(imagem com licença poética)
... me vem um anjo branco
Me cerca e me conta piadinhas no ouvido
Das do tipo que me faz pensar antes de rir
Às vezes me vem um anjo azul
Me segue, me mostrando um caminho
Cheio de sapos e flores
Meio no brejo meio no mato
Às vezes vem um anjo calado
Daltônico, transparente
Cego, me procurando
Num arco-íris dourado
E me leva, como que levado pelo tempo
E me deixo levar como que levado pelo vento.
(Antônio dos Anjos em Manhas&Manhãs)
O som hoje é em homenagem à guerreira que lutou contra a ditadura militar e voou para o céu hoje pela manhã: Inês Etienne,(link)a única sobrevivente das torturas da Casa da Morte durante o maldito período.Para ouvir é só clicar aqui.
Um super obrigada aos amigos que me leem e,
também,aos que comentam aqui ou por e-mail.
Um beijo
[lau]
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1-Antonio dos Anjos, poeta ouropretano que abandonou o rigor formal da poesia, adotando a pontuação de ordem emotiva, versos livres e uma extensa diversidade de temas.
Infelizmente não tenho mais informações confiáveis sobre o autor. Apenas especulações, por isso não as transcrevi.
2-Fonte: livro Manhas & Manhãs, que encontrei num sebo e traz belas poesias.
3-Sobre Mercedes Sosa,que também lutou contra as ditaduras fascistas na América do Sul, conhecida como "La Negra", a "voz de uma maioria silenciosa",clique aqui.