Por que Deus permite
que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Carlos Drummond de Andrade)
Para a minha querida mãe, que há 24 meses virou estrelinha. Ela juntou-se à constelação das Três Marias, que agora tem um novo nome : “Quatro Marias”. Maria era o seu nome... Lindo nome, dado a uma linda mulher.Uma mulher a quem agradeço dia e noite por tudo que me ensinou.
E.T. A vida é um" vaivém" de sentimentos. Ontem, eu estava dividindo um divertido “Bolo de Caneca”. Hoje, torno pública minha saudade. Ser filha única é complicado... Mesmo tendo muuuuito carinho da família e dos amigos, sinto muito a falta de minha mãe.
Aprender a viver sem sua presença ainda é uma tarefa muito difícil.
Beijos
Lau
Desculpem, estou tendo problemas ao formatar o texto.
"Comparamento
ReplyDeleteOs rios recebem,no seu percurso, pedaços de pau,
folhas secas, penas de urubu
E demais trombolhos.
Seria como o percurso de uma palavra antes de
chegar ao poema.
As palavras, na viagem para o poema, recebem
nossas torpezas, nossas demências, nossas vaidades.
E demais escorralhas.
As palavras se sujam de nós na viagem.
Mas desembarcam no poema escorreitas: como que
filtradas.
E livres das tripas do nosso espírito.
Manoel de Barros, Ensaios Fotográficos."
Beijos.
Querida Lau
ReplyDeleteComo já lhe falei assim como sua mãezinha, a minha também virou uma estrelinha e lembro dela todos os dias. Aconteceu em 23/06/1977, mas parece que foi ontem! Sua homenagem foi linda! Mas, não esqueça as palavras do pde. Marcelo Rossi: "saudades sim, tristeza não"!
Um abraço afetuoso!
Lindo o poema.
ReplyDeleteFica a saudade e a certeza que tens um anjo muito especial zelando por ti.
bjs
Lau, que doce saudade! Linda, emocionada e emocionante homenagem você presta à sua querida mamãe!
ReplyDeleteE é de lá da Constelação das Quatro Marias que, certamente, virá o conforto para a sua dor.
E você escolheu com muita sensibilidade e poesia o belo poema de Drummond para iluminar a sua postagem. Parabéns!
Um beijo!
Minha querida Lau!
ReplyDeleteQue texto lindo! Apesar de falar de saudade, mas fala com um toque de muita senssibilidade e aliado a lindos versos!
Beijão!
Lindo poema amiga Lau.
ReplyDeleteSaudade....
é dor que queima no peito
viver sem ela não tem mesmo jeito
quando a saudade é materna
sera sempre uma lembrança eterna
nossa estrela guia presença de todo dia
a tua a nossa a mãe de todos
que já tenham partido nosssa eterna lembrança
mamãe como gostariamos de voltar a ser criança.
Djabal, lindo poema. Vc sempre me levando a pensar. Num primeira leitura confundi o poeta. Mas depois ficou tudo esclarecido.
ReplyDeleteUm beijo e obrigada pela sua amizade.
É verdade,Zilda, a saudade vai aos poucos ocupando a lugar da dor. Mas demooooora. Dois anos passam tão rápido. Parece que foi ontem à noite.Aí é que pega...
ReplyDeleteUm beijinho para o casal e obrigada, tá?
Mariana querida nova amiga. Adoro te ver aqui! Minha mãe realmente me protege,vc nem imagina.Meu pai, idem.
ReplyDeleteUm beijiho para vc e para o Matheus.(meu candidato)rs Obrigada pelo carinho.
Tricolor, vc sempra arrasando com seus lindos poemas. Obrigada,amigo! Adorei!!! Dá vontade mesmo de voltar a ser criança, não é Tricolor?
ReplyDeleteUm beijo e cuide da minha gata.
Ihiii..Mariano, te pulei. Desculpe,tá? Realmente,adoro esse poema do Drummond. Ele é uma coisa de louco, não é? Sou apaixonada por ele. Todas as vezes que passo por ele na orla, em Copa, passo a mão na cabeça dele. rs
ReplyDeleteUm beijo e obrigada por seu carinho
Shiii...Dalton, te pulei,tb. Gente... a coisa tá feia. É que estou saindo agora e não queria deixar de responder aos amigos que me visitam. Desculpe, Dalton. Lindo é o que você me diz, meu amigo. Drummond também concordo: é tudo de bom.
ReplyDeleteUm beijo pra você e para a Dona Helena.