Thursday, November 12, 2009

Ele brilhou Na Escuridão.


Companhia nos locais mais distantes e inacessíveis, fabricado nos mais diversos modelos e cores, o saudoso "radinho de pilha" foi a estrela do blecaute desta terça-feira. Com a chegada inesperada do apagão, muitos devem ter constatado o valor dessa caixinha que fala. É... aquele radinho,que, muitas vezes, está esquecidinho numa gaveta ou já está na lista do que deve ser despachado porque está entulhando a casa. Está fora "de moda".

Muitos desses aparelhinhos têm sua história própria e passam de mão em mão. Eu, em particular, tenho um carinho muito grande por um rádio-relógio. Todas as vezes que mexo nos pertences de meu pai, lembro da expressão atenta e séria de meu querido e inesquecível amigão ao ouvir o desenrolar de uma partida de futebol envolvendo seu time preferido.

Robert Mcleish, autor do livro "Produção de Rádio. Um guia abrangente de produção radiofônica", exalta o papel que o rádio cumpre com seus ouvintes. "O rádio reduz os sentimentos de solidão, cria uma sensação de companhia; amplia a experiência pessoal e estimula o interesse por assuntos, eventos e pessoas antes desconhecidos", declara o autor. Além disso, "o rádio traz grande benefícios para seu público, pois desvia a pessoa de seus problemas e ansiedades e proporciona lazer e relaxamento", acrescenta . E isso ninguém pode negar.

Um dia desses, li um depoimento de um médico, portador da Síndrome de Ménière-doença que apresenta um zumbido permanente no ouvido, entre outros sintomas-
enaltecendo um velho amigo, um radinho que trazia desde seus tempos de faculdade. Segundo ele, mesmo com o já conhecido "chiadinho", seu companheiro o ajudava a cair nos braços de Morfeu mais rápido e fazia com que o zumbido não o incomodasse tanto.

Não quero com essa homenagem ao rádio desprezar outros veículos de comunicação. Longe disso. Mas durante o apagão, o radinho de pilha correu junto às novas ferramentas de comunicação como o Twitter, a internet sem fio, celulares e se manteve companheiro e cúmplice de seus ouvintes. Enfim, brilhou com informações precisas e imediatas mesmo na escuridão.

O vídeo abaixo, elaborado por um Universidade de Belo Horizonte, trata sobre a "história do rádio". Bem interessante o "conteúdo".




Um beijo

Lau Milesi


Citação sobre o rádio: • MCLEISH, Robert. Produção de Rádio. Um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo, Summus, 2001-página 20.


Agradecimento:

Agradeço à Angela, do blog http://entremeios-angela.blogspot.com/,
pelo lindo selinho recebido.Já está na vitrine. rs

16 comments:

  1. Aldous Huxley também acredita que muitas pessoas afogam suas mágos, combatem sua solidão, com o amigo rádio. Um brasileiro muito famoso Alberto da Costa e Silva, escreveu que o contato pessoal em uma aldeia, mesmo que sejam analfabetos; o convívio em festas comuns, tornam o vilarejo mais culto e mais civilizado do que aqueles que simplesmente têm os meios de comunicação e são conhecidos como civilizados.
    De qualquer maneira, tanto um como o outro, estão - pouco a pouco - desaparecendo, para dar lugar ao homem novo, que é ainda uma incógnita.
    Vejamos o que aparecerá. Vejamos...
    Beijos.

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  2. Oi Lau, acredita que o meu radinho a pilha não sai da cabeceira de minha cama? Durmo ouvido e quando acordo a primeira coisas que faço e ligá-lo. Ê trem bão...
    rsrsrsr
    Beijos

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  3. Oi, Lau
    Você é mesmo fantástica! Sua homenagem ao radinho é tudo de bom! No dia do apagão foi pelo meu radinho de pilha que fiquei sabendo a extensão do mesmo. Assim, quando me comuniquei com nossas filhas pelo celular já sabia informar o que estava acontecendo. Tenho televisões, dvd, e etc... mas o rádio é o meu companheiro desde que acordo. Gosto de ficar atualizada,e todas as manhãs eu ouço a CBN. Mesmo quando há um jogo para ver na tv, o som que colocamos é o do rádio. Há mais vibração.
    Muito obrigada pelo seu Post, adoramos!
    Um abraço bem apertado e tudo de bom!

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  4. Embarcando no comentário do Wanderley, "trem bão" é ouvir programações AM num radinho de pilha em volta de uma fogueira queimando sob um céu estreladérrimo... lá nocantinhodacurva... rsrs
    O meu sonho de consumo foi concretizado aos sete anos quando, no Natal, fui presenteado por meu pai com um lindo radinho. Um luxo!
    Realmente, Lau, o rádio extrapola fronteiras e aproxima muitas vidas.
    Adorei a postagem. Um grande beijo!

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  5. Olá amigo Djabal!! Fecho com Huxley, o rádio é um companheiro e tanto.E "fazer" rádio, mais ainda. O rádio é uma cachaça. Tive uma experiência maravilhosa no rádio.O imediatismo desse veículo é surpreendente.Quanto à opinião, de Costa e Silva , não tenho como julgar. De repente, ele teve aguma experiência em alguma tribo, quem sabe?
    Djabal, o homem sempre será uma incógnita. Bem dferente das mulheres, que são tão fáceis, tão dóceis e transparentes.Hehehehehe...

    Um beijo,meu amigo, e obrigada por sua presença.

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  6. O rádio foi a minha companhia diária em Moçambique.Quando vim, ainda não havia tv( ainda bem...) e o radio ia connosco para todo o lado, para a praia,para o interior e adormecia os meus sonhos...Aprendi muita coisa por esta via...bons programas que nos oferecia o Radio Clube de Moçambique..Saudades!! Ainda hoje é o meu companheiro mais chegado...Não, nunca vou desistir dele!
    Beijocas
    Graça

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  7. Oi Wanderley!! Tudo bem? Você faz muito bem em prezar a "caixinha que fala".Aposto que você está sempre bem informado.rs Eu também tenho essa mania de acordar e já tomar meu café com os fones no ouvido. Cedinho, já tenho uma panorama do que está acontecendo. Muitos jornais se pautam através do rádio. E TV...idem. Mesmo com o advento da Internet.

    Um beijo e obrigada pela visita e comentário.

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  8. Olá Zilda!! Obrigada pelo carinho. VoCê é muito gentil.Você tem razão, "ele" fez sucesso no dia do apagão. Eu mesmo, passei e-mail para o meu filho dando notícias sobre o acontecido, captadas no rádio. Na hora do blecaute, as novas tecnologias precisaram de uma mãozinha do velho rádio.A dupla Twitter/rádio brilharam.
    Fico contente que você tenha gostado do tema e do selinho.

    Um beijo e volte sempre.

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  9. Oi meu amigo Dalton!!Põe "bão" nisso. Eu Não sabia que o rádio fazia sucesso em volta de uma fogueira.Mais uma finalidade...rs Bacana! Que graça você, aos sete anos, curtir um rádio. Taí, a única crítica que faço ao rádio é ele não ter chegado ao público infantil mais intensamente. Tenho certeza que esse veículo conseguiria trabalhar o imaginário e a criatividade do mundo infantil trazendo grandes benefícios. Não sei o motivo de não terem investido nesse público. Deveriam, não é mestre?
    Concordo com você que o rádio extrapola fronteiras. Você pode observar que não há um lugar que não se veja uma pessoa com seu radinho ao ouvido.

    Um beijo, Dalton, e obrigada pela visita.

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  10. Olá Graça!! Bom te ver por aqui. Que legal, você também aprecia o rádio. Graça, eu já tive um programa de rádio. Amei a experiência. Foi muito gratificante. O retorno é impressionante. Há muitas pessoas que, como você, levam o radinho pra onde vão.Concordo quando você diz que além de ser uma companhia e tanto, adormece nossos sonhos. Bonitinho o que vc falou. O rádio só é intragável, aqui no Brasil, em época de eleições. [rs] Tudo por causa dos famosos, chatos e obrigatórios programas eleitorais. Aí não há quem aguente.rs
    A história do rádio em Portugal traz fatos interessantes.

    Um beijo, Graça, e obrigada pelo comentário.

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  11. Ciao grazie di essere passata da me.
    Un bacio Mayflayer

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  12. Oi Lau!
    Que horror essa coisa de apagão hein?
    Por sorte aqui onde moro não aconteceu nada, foi tudo normal. Mas eu imagino a aflição de quem passou por isso. E realmente, um radinho de pilha nesse momento era o que salvava pra se ter notícias.

    Beijocas!

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  13. Lau Milesi disse...
    Oi Ana Karina!!! Tudo bem? E aí, fotografando muito? É menina ...esse apagão pegou todo mundo de surpresa. E o radinho foi a salvação.[rs]
    Mas o Brasil continua liiiindooo. Acabei de publicar um post levantando a bola do nosso país.rsrsr
    Meu orgulho em ser brasileira sempre me levou a pensar que decolaríamos. [rs]
    Depois vou lá bater um papinho[rs] no seu blog.

    Beijossss

    13 de Novembro de 2009 15:32

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  14. Ótimo Lau! O rádio ainda está vivo, e muito por sinal! Ele é o único veículo que funciona na escuridão, que podemos acompanhar enquanto tomamos banho e que podemos levar pra td qt é lugar de forma fácil e tranquila! No dia do apagão, só deu ele!

    Bom ver homenagens como essa!

    Bjs!

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  15. Olá Ralph!! Sem dúvida, só deu ele.E que praticidade, não é? Sem contar o imediatismo do veículo.

    Um beijo e obrigada pela presença.

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