Friday, May 28, 2010

Um desabafo... "putti...z"


Pedala, pedala
descendo na contramão
de repente vê o chão.

(Lau Milesi)


Esse projeto de poetrix/haicai foi só para descontrair.

Ahhh... :)))gente, estou tão triste... Não sei se vocês
lembram do meu tombo de bike, quando tive muitas escoriações, uma contratura muscular na região do quadril e um corte no pulso. Nesse trágico dia foi feito um Raio x da coluna, além de duas tomografias da região "sacro lombar", região atingida e visivelmente contundida. Mas não diagnosticaram nada mais sério e a felicidade foi geral.

Pois bem, de uns 15 dias pra cá, passei a ter tonturas e sentir que alguma coisa não encaixava no meu tórax, principalmente, ao levantar da cama ou de uma cadeira.

Mas não dava muita bola pra isso não. Um gemidinho aqui , outro ali, um analgésico e seguia em frente.

Quando me queixava do incômodo alguém sempre dizia: "isso é estresse". E como atualmente tudo é atribuído ao grande vilão, o estresse, jogava a culpa nele e vida que segue...

Nesses últimos dias, os sintomas aumentaram. Tive uma tontura ao volante, que me fez parar o carro num canto de uma rua super movimentada aqui no Rio. Levei um susto. E só depois desse episódio resolvi procurar uma fisiatra, uma especialista.

De cara ela me pediu uma ressonância magnética da coluna "dorso -lombar". Essa, coitadinha, :)não tinha sido fotografada/filmada na época do tombo. Só a sua prima, :)a "sacro lombar". Não me perguntem o motivo, desculpem, não sei dizer. Só sei que irei procurar explicações dos médicos que me atenderam no dia do acidente, sem dúvida alguma.

Na sexta-feira passada, lá fui eu fazer o exame, por sinal, muuuito desagradável. Eu diria que é um treino para o nosso gran finale. Fica-se dentro de um tubo todo fechado e a sensação é de que faltam segundos para que nos joguem cal e flores. É um horror. Sem fazer drama.

Ontem, já com o resultado nas mãos, fui à médica fisiatra/ortopedista. E qual não foi a minha surpresa ao receber o diagnóstico: colapso recente no platô vertebral E 12, associado a edema na medular óssea adjacente, bem como pequena protusão do muro posterior ...

Em resumo, esse período composto, significa que estou há dois meses com uma fratura na coluna sem saber da sua existência. Só sentindo...dor.

Fiquei arrasada, choreeeei ao receber a notícia. Mas logo agradeci, a Deus e aos meus protetores espirirutais porque não estou com nenhuma compressão medular.


Apenas terei que usar, durante 4 meses , um colete horroroso. É um "putti". Aliás, um nome bem sugestivo. E não é o filho.[rs] O nome completo é “colete putti elástico reto alto”. E o fabricante é “merco’. Tudo a ver também.[rs] Vocês me entenderam, sei. E para ser polida , não tecerei maiores considerações.

Peço desculpas por esse lenga-lenga e por esse esse lon
go post. Mas sou assim, sofro da Síndrome de Gabriela:
eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim... Divido as minhas alegrias e as minhas tristezas.

Fiz questão também de bater esse papo com os meus amigos, com a intenção de fazer um alerta. Não se deve mascarar sintomas, como fiz. Se tivesse ido à procura de uma ajuda médica há mais tempo, talvez não chegasse a ter que usar esse maldito colete.

O mais doloroso vem agora, me despeço daqui e de vocês no final do mês. Viajo dia 2 de junho e "tenho que" ficar fora por uns 30 dias.E com esse colete já posso vislumbrar que não terei dias tão agradáveis por esse mundo afora.

Mas como dizia meu querido e saudoso pai, a vida é uma luta contínua, temos que enfrentar as adversidades com espírito de fé. E fé, tenho pra dar e vender.Boto fé em tudo. Até na nossa seleção.


Um beijo, meus amigos, e bom fim de semana!

Cuidem-se!

Lau






Em tempo ou p.s.


Peço desculpas por não estar visitando os amigos como gostaria. Estou impedida de ficar sentada por muito tempo. Por isso estou fazendo um rodízio de visitas.
Bye



Imagem:
Deviantart

A Modinha de Gabriela é do nosso Grande Dorival Caymmi.
Dorival Caymmi nasceu em Salvador, BA, em 30 de Abril de 1914.Tranquilidade (que inveja )[rs] seria uma palavra perfeita para descrevermos esse grande contador da vida dos pescadores, muitas vezes trágicas, mas contada por ele de forma suave, pura, simples.