A Mulher e a Lua

Queridos amigos que me visitam, ando meio sumida porque estou numa fase muito atribulada. Vocês nem imaginam. Em um outro post contarei minha aventura. Ontem , tive tanta vontade de falar sobre a Lua. Não tive tempo. Mas hoje consegui. Afinal , 40 anos se passaram desde que Neil Armstrong pisou na Lua pela primeira vez .

Eu amo a Lua! Dá pra ver, com certeza. É só olhar para o símbolo do meu blog. Renascendo ... é como me sinto ao admirá-la. Seja Cheia, Minguante... Em que fases e matizes estiver... esse astro maravilhoso mexe comigo intensamente.

Mexe com minha pele, meu cabelo, meu humor, meus sentimentos. Tenho a impressão que isso não acontece somente comigo. Outras pessoas, e em particular as mulheres, têm essa fascinação pela Lua

E por que será que a Lua me atrai tanto ? Essa é uma pergunta que sempre me fiz. Segundo minha saudosa mãe , quando nasci recebi a visita de um tio, irmão de meu pai , que me ergueu nos braços e me apresentou à Lua . Acredito mesmo que tenha sido amor à primeira vista. De lá pra cá nunca nos separamos. Ainda bem...

Conversando com um grande e querido amigo sobre essa atração pela Lua, ele comentou que havia lido um trecho de Ulysses, do autor irlandês James Joyce, que falava sobre essa forte relação LUA-Mulher. Fiquei interessadíssima! E ele, como um bom e precioso amigo que é, me enviou o texto. Compartilho com vocês : 

“Que especiais afinidades lhe parecia haver entre a lua e a mulher?”.

A sua antigüidade em preceder e sobreviver a sucessivas gerações telúricas: o seu predomínio noturno: a sua dependência satélita: a sua reflexão luminar: a sua constância sob todas as fases, levantando-se e pondo-se a horas fixas, crescendo e minguando: a forçosa invariabilidade do seu aspecto: a sua resposta indeterminada a interrogação não afirmativa: o seu poder sobre as águas fluentes e refluentes: a sua capacidade de apaixonar, de mortificar, de revestir de beleza, de enlouquecer, de incitar e de ajudar a deliquência: a tranqüila inescrutabilidade do seu rosto: a terribilidade da sua proximidade isolada dominante implacável resplandecente: os seus presságios de tempestade e de calma: o estímulo da sua luz, o seu movimento e a sua presença: a admonição das suas crateras, dos seus áridos mares, do seu silêncio: o seu esplendor, quando visível, a sua atração quando invisível.”
 

(James Joyce, Ulysses)

Um beijo e bom fim de semana.

Lau Milesi

 E.T.: Aproveito para deixar para vocês esse link abaixo.É muito interessante. Vale a pena conferir e relembrar os primeiros passos do homem na Lua.

http://www.nasa.gov/multimedia/hd/apollo11.html